Com a Indústria 4.0 e todo o desenvolvimento tecnológico que ela proporciona para as organizações, não restam dúvidas de que estamos entrando na era das Indtechs. Popularmente conhecidas como “fábricas inteligentes”, esse termo vem se consolidando no mercado nacional e ganhando espaço principalmente nos ramos de energia, mineração, construção, alimentos e indústria química.
Mas você conhece esse conceito e sabe o que ele significa?
O que são Indtechs, afinal?
O termo descreve o desenvolvimento que está ocorrendo na indústria agora, onde a automação e os sistemas de TI existentes estão sendo fortalecidos com novas soluções digitais.
De forma simples e objetiva, podemos dizer que as Indtechs estão transformando fábricas tradicionais em fábricas inteligentes, que são mais eficientes, seja com processos mais enxutos ou interligadas à sua cadeia de suprimentos.
As fábricas inteligentes podem ser definidas como empresas do ramo industrial que investem em soluções de tecnologia para otimizar os fluxos de trabalho na linha de produção.
Com essas soluções e integrações tecnológicas entre os sistemas, é possível alcançar uma comunicação mais eficiente entre os diversos componentes da fábrica. Assim, o recurso humano passa a se voltar a supervisão das máquinas e de todos os sistemas utilizados.
Quais são os princípios que embasam esse conceito?
Existem alguns princípios que caracterizam e diferenciam a Indústria 4.0 e o conceito das Indtechs, da simples automação ou da fabricação em massa. Todos esses princípios servem para orientar as companhias a identificar e efetivamente desenvolver uma fábrica inteligente. São eles:
- Descentralização
A ideia das fábricas inteligentes e indústria 4.0 é otimizar tempo e ganhar eficiência. Para isso, um dos pilares do conceito é a descentralização de intervenções humanas para maior atuação das máquinas. A proposta é o desenvolvimento de sistemas ciber-físicos que dão a habilidade das tomadas de decisões serem automatizadas. Assim, as tarefas são realizadas da forma mais autônoma possível. As interferências humanas são exceções e, em geral, são delegadas para um nível superior.
- Virtualização
Outro princípio das fábricas inteligentes é a criação de uma cópia virtual da indústria. Por meio de dados interconectados, são desenvolvidos modelos de plantas virtuais. Isso permite criar modelos de simulação e também monitorar os processos físicos que estão implementados.
É preciso que exista a condição de que as pessoas consigam visualizar e compreender as informações geradas por todos esses dados. E, dessa forma, possam tomar as decisões e resolver os problemas em pouco tempo.
Essa virtualização ainda vai cooperar na qualidade de vida dos funcionários, uma vez que as tarefas desgastantes, exaustivas e perigosas serão feitas por robôs.
- Tempo real
A virtualização e a alta tecnologia dentro do universo das Indtechs garantem a capacidade de fazer análises em tempo real. Esse ponto torna-se ainda mais importante porque é baseado na coleta de um grande volume de dados. E claro que toda essa agilidade e capacidade de uma leitura mais ágil dos dados, se reverte em estratégias assertivas para o negócio.
- Modularidade
E também podemos destacar como um princípio das Indtechs a modularidade, ou seja, a capacidade que elas precisam ter para se adaptar a requisitos mutáveis. Elas também precisam ter flexibilidade para se adequar em tempo real às alterações e inovações.
Isso deve ser feito por meio de expansão em módulos individuais. E, para que essa modularidade seja colocada em prática, é necessário ter a descentralização das tomadas de decisão. Toda essa flexibilidade será usada para modificar e customizar a produção conforme as necessidades.
E quais vantagens encontramos dentro desse processo?
Sem dúvidas, toda essa mudança e transição para a indústria 4.0, tira o mercado da zona de conforto e traz benefícios muito claros para quem se adequa a este novo modelo. Por exemplo:
- Aumento da produtividade
Como falamos, o investimento em tecnologia permite que diversos processos sejam automatizados, trazendo mais agilidade e precisão na execução. A partir daí, colaboradores podem ser alocados em atividades mais estratégicas, que realmente agreguem valor para os resultados e sejam condizentes com os objetivos do negócio.
- Ganho em eficiência
Com o uso da tecnologia para aumento da produtividade, consequentemente alcançamos mais eficiência. Os recursos empresariais acabam sendo utilizados com mais inteligência, reduzindo erros na execução dos processos. Isso é sinônimo de aumento da eficiência operacional e melhoria nos indicadores de desempenho do negócio.
- Redução dos custos de produção
Com toda essa inovação, as máquinas têm maior capacidade de autonomia na execução dos processos ou mesmo na programação de rotinas de manutenção. Isso, aliado ao ganho de eficiência, gera oportunidades de reduzir os gastos, gerar economias e aprimorar os resultados.
Como inovar agora?
O conceito de Indtech é recente, mas já está se tornando uma realidade de forma muito determinante em diversos mercados.
Para se tornar uma “fábrica inteligente” e competir com concorrentes mundiais, é importante estar atento às principais tecnologias relacionadas à Indústria 4.0. Elas fazem parte de um novo cenário no Brasil.
Os negócios inovadores, voltados para a Indústria 4.0, levantaram em 2020 cinco vezes o valor captado em anos anteriores. Foram US $61,51 milhões investidos no ano passado, US$ 11,66 milhões em 2019 e quase US $15 milhões em 2018 e 2017.
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