Se você em algum momento já pensou em empreender e investir em um negócio próprio, que tenha propósito e que impacte positivamente o dia a dia das pessoas, já deve saber que amarrar todas as pontas para concretizar esse sonho, não é uma tarefa fácil, não é mesmo?
Mas a maioria das grandes startups começaram assim: com uma grande ideia e fé que ela poderia ajudar muitas pessoas ao solucionar um problema real. Assim, elas resolveram desenvolver a solução. Claro que, quando falamos em startups, existem algumas características que vão além do empreendedorismo tradicional; tendo em vista o potencial de crescimento que elas têm.
Não existe “receita de bolo” mas com algumas dicas é possível mapear os primeiros passos para começar sua startup.
Passo 1: Ideação
É comum no momento da euforia do começo da nossa startup, surgirem várias ideias dentro da proposta de solução, porém como avaliar se elas são realmente boas?
A fase de ideação é o momento de fazer um filtro pensando nos pontos principais para validar uma ideia. Para isso, existem dois pontos essenciais que precisam ser considerados: a resolução de problemas e o fit de mercado. É importante que a ideia atenda a uma necessidade real que os clientes têm. Não foque em quão genial sua ideia é, mas quão relevante é o problema que quer resolver. Afinal, existem diversas maneiras de solucionar uma dor, mas esta dor é o que irá te guiar ao longo do caminho. Um bom exemplo é a Nubank que nasceu para ajudar pessoas que estavam cansadas das burocracias dos bancos e altas taxas. Outro, são as famosas proptechs, como o QuintoAndar e a Loft, que nasceram para simplificar a compra e venda de imóveis e revolucionar o mercado imobiliário trazendo tecnologia, facilidade e comodidade para seus clientes.
Portanto lembre-se: soluções de sucesso resolvem grandes problemas de seus clientes.
Para chegar em um melhor caminho para sua ideia, faça as seguintes perguntas:
- Quem é meu cliente?
- Qual é a dor que meu cliente sente?
- Como minha solução ajudará a resolver seus problemas?
- Consigo explicar de maneira simples minha solução para esse cliente?
Respondendo esses questionamentos, você poderá ter mais clareza sobre sua ideia.
Lapidando sua ideia, o próximo passo é garantir que ela resolverá o problema do seu público e é aí que entra o segundo passo: a validação.
Passo 2: Validação
Essa é uma das etapas mais importantes para o desenvolvimento da sua startup, pois é aqui que você irá responder se sua ideia atende ou não ao mercado.
É comum neste momento sermos levados pelas nossas experiências pessoais, nos apaixonarmos profundamente pela nossa ideia, ou acreditarmos que é possível “pular” a etapa de validação. E assim são cometidos os maiores erros.
Para uma startup seguir pelo caminho certo é fundamental que a solução atenda ao cliente (falamos isso no tópico acima). Então para uma boa validação é imprescindível ouvir seu público e entender onde estão as melhores soluções. Para ajudá-lo, algumas dicas para esse momento são:
- Fale com seus clientes:
Invista um tempo e converse com as pessoas que têm o perfil do seu potencial cliente. É importante lembrar que ainda não é o momento para vender sua solução, mas sim entender as dores do seu público.
- Entenda como eles lidam com o desafio atualmente:
Entender como as pessoas fazem para resolver os desafios atualmente poderá dar novos rumos para a sua solução. Além disso, ajudará a entender quais são os itens prioritários que sua startup deve oferecer para o cliente.
- Permita que seu público defina o que é bom e ruim:
Essas são perguntas muito importantes e que vão nortear suas ações. A dica aqui é manter as ações consideradas boas e melhorar as que foram avaliadas como ruins, pois isso facilitará na maior adesão dos usuários e encaixe de mercado.
Lembre-se sempre que para uma pessoa pagar por algum serviço, ele precisa gerar bastante valor. Após reunir as respostas que sua ideia resolve e o problema com fit de mercado para os usuários, é hora de desenvolver a solução.
Passo 3: MVP
É hora de colocar a mão na massa! Chegou o tão esperado momento de começar a criação da sua soluçãoe para ajudá-lo a fazer isso vamos falar um pouco sobre o MVP, metodologia utilizada por grandes startups.
O conceito do MVP (Mínimo Produto Viável) surgiu em 1950 a partir do método Lean, encontrado no livro A Startup Enxuta. O autor, Eric Ries, explica a estratégia de lançar algo de forma rápida e com pouco custo, mas mantendo o que é fundamental para o usuário, entregando valor e resolvendo o problema: também conhecido comojJob To Be Done.
Porém, para entender o que realmente está funcionando, todo experimento de MVP precisa seguir um ciclo de testes com hipóteses clarasque consistem nos seguintes passos:
- Construir: você precisa entregar soluções rapidamente, mas sem deixar de lado o Job To Be Done da sua solução.
- Medir: após testar com clientes reais, acompanhe suas respostas e sugestões de melhorias, para trabalhar nas correções.
- Aprender: retire os aprendizados e organize começando pelas melhorias consideradas mais prioritárias por seus potenciais clientes.
Com estas informações você já estará preparado para lançar a primeira versão de seu produto. E uma frase famosa, do Reid Hoffman, fundador do Linkedin é: “se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto, você demorou demais para lançar”.
Passo 4: Planejamento de recursos
Os principais motivos que as startups fecham nos primeiros anos no Brasil estão ligados
a problemas financeiros, falta de planejamento e conhecimento de seus recursos chave.
Como Recursos Chave podemos entender como aqueles que você precisa para realizar suas Atividades Ahave e reforçar sua Proposta de Valor. É importante ressaltar que seus recursos estão divididos em 3 categorias:
- Recursos intelectuais: pessoas especializadas em determinadas áreas, por exemplo: engenheiros, designers, programadores e etc.
- Recursos físicos: que entendemos como equipamentos ou mobília necessárias.
- Recursos humanos: que são colaboradores que não precisam de um nível elevado de especialização para atividades operacionais.
Além desses Recursos Chave, também precisamos falar e entender sobre custos, tema esse, de extrema importância para direcionar possíveis despesas que você terá para realizar sua Proposta de Valor.
Para ter uma noção de quanto cobrar por sua solução, por exemplo, é importante fazer uma busca no mercado e ver se há empresas que podem ser consideradas suas concorrentes e como elas atuam referente a isso. Com esta pesquisa, você terá mais precisão na hora de definir o valor que seu cliente pagará.
Além disso, uma boa sugestão para você se organizar é separar seus custos em: fixos (aluguel, água, internet) e variáveis (tudo o que for diretamente proporcional ao volume de vendas).
Mas além disso tudo, é importante estar sempre testando melhorias nos planos. Então teste os valores, faça projeções de crescimento, pense em estratégias para outras receitas, mas sempre pensando no ciclo onde você tem uma hipótese, testa, retira os aprendizados e aprimora a performance.
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