Conseguir investidores é, em geral, um dos principais desafios encarados por quem gerencia uma startup, especialmente quando falamos do empreendedor comum: uma pessoa com um bom projeto em mãos e que já deu o passo inicial para colocá-lo em prática, mas que não tem a verba necessária para realizar testes mais consistentes ou investir em equipamentos que possam ajudar a potencializar as vendas.
Apesar das dificuldades, o cenário se mostra mais promissor. Como o ecossistema empreendedor se desenvolveu muito nos últimos anos, já é possível encontrar diversas opções de investimentos para startups — sejam empresas ainda em estágio embrionário ou aquelas que já se pagam, mas que precisam de apoio para ganhar escala.
Conheça 4 opções de investimentos para startups
Abaixo, apresentamos cinco alternativas de investimento que já são estabelecidas no Brasil e que abrangem negócios em diferentes estágios de evolução. Inserimos links de referência ao longo do texto para que você possa obter mais informações sobre os formatos que selecionamos, ter acesso a cases e conhecer instituições que possam servir de apoio!
1. Crowdfunding
Crowdfunding é uma modalidade na qual a empresa usa um site de financiamento coletivo para apresentar sua ideia do seu produto ou serviço. Existem várias plataformas voltadas para esse objetivo, como os brasileiros Kickante e Catarse e os sites internacionais Kickstarter e Indiegogo.
O processo para incluir seu negócio em um site do gênero é bem prático: a startup cria uma página e descreve em detalhes como a sua proposta funcionará — caso haja um protótipo, melhor ainda — e apresenta um cronograma de finalização e envio do produto, caso a campanha seja bem-sucedida.
Existem diversos exemplos de campanhas que conquistaram êxito utilizando esse recurso, como a Iofree, que conseguiu viabilizar a produção dos seus teclados vintage; e o Star Citizen, um jogo baseado em Star Wars campeão de arrecadamento: estima-se que mais de US$ 170 milhões tenham sido levantados via financiamento coletivo.
2. Capital semente
Conhecido como seed money ou seed funding, o capital semente é direcionado especialmente para startups que possuem propostas com grande potencial de retorno, mas que ainda estão em uma fase muito inicial do seu negócio.
Esse tipo de investimento ajuda a manter as operações iniciais do negócio — como pesquisa de mercado e desenvolvimento de produto — funcionando. Como o investimento é realizado em uma startup que ainda não validou seu projeto, a contrapartida recebida pelo investidor é, geralmente, uma parcela considerável do lucro da empresa.
O capital semente é levantado pelo próprio dono do negócio ou por pessoas próximas, já que o risco do negócio é maior em seu estágio inicial. Porém, existem fundos que também ofertam este tipo de investimento, como a Criatec e a Confrapar.
3. Investidor-Anjo
O Investidor-Anjo é um empresário estabelecido em seu ramo de atuação que deseja investir parte do seu patrimônio em uma startup. Como retorno, o executivo costuma requisitar uma porcentagem de participação do lucro da empresa.
Além do apoio financeiro, o Investidor-Anjo também se dedica ao sucesso do negócio por meio de mentores ou apresentando a equipe que conduz o novo negócio a uma rede de relacionamento que pode ajudar a viabilizar ou escalar o projeto.
Empresários que atuam como “anjos” são profissionais com experiência — seja em “apostar” em novas empresas como no ramo em que a startup deseja atuar —, que consideram para avaliação apenas negócios que já tenham conseguido provar sua viabilidade no mercado.
Segundo o site Anjos do Brasil, referência para informações sobre investimento-anjo, uma startup conta geralmente com 2 a 5 investidores, que podem contribuir com sua experiência em diferentes etapas do crescimento da startup. O valor arrecadado via Investidor-Anjo varia entre R$ 200 mil e R$ 500 mil.
4. Venture capital
Imagine que a sua startup já está funcionando, paga sua contas e começou a gerar lucro, mas não há verba suficiente para investir em áreas que, se melhoradas, aumentariam consideravelmente sua margem de lucro. Nesse caso, o venture capital pode ser uma alternativa.
O VC, ou capital de risco, é um tipo de investimento com foco em negócios de médio porte, que já provaram que são relevantes, mas que precisam de suporte financeiro para potencializar seu produto ou serviço. Esse investimento surge por meio de fundos de venture capital, que geralmente são compostos por empresários que desejam investir em startups.
Assim como no caso de Investidores-Anjo, o investimento via venture capital requer a aquisição de ações da startup como retorno, já que, além do dinheiro, o VC também contribui para melhorar a gestão da empresa.
Opção bônus: suporte via aceleradora
O nome já dá uma pista do objetivo desse modelo de empresa: ajudar as startups a, no menor espaço de tempo possível, estruturar o seu negócio para que elas consigam investimentos e se tornem financeiramente sustentáveis.
Para isso, as aceleradoras trabalham em parceria com as equipes do empreendimento, capacitação prática, mentoria e networking. Uma aceleradora costuma trabalhar com diferentes startups, o que também proporciona aos participantes a oportunidade de trocar experiências com pessoas que estão em momentos parecidos.
Esse modelo de investimento também tem como vantagem funcionar como “meio de campo” para as empresas que estão sendo aceleradas. Aqui na Bluefields, por exemplo, além de orientarmos as startups na estruturação do modelo de negócio também prestamos auxílio para os próximos passos. Tanto na escolha do próximo investimento que faz mais sentido para o momento do negócio como para encontrar empresas ou executivos que possam ter interesse em injetar capital .
Em geral, a aceleradora abre um “processo seletivo” e as candidatas interessadas se inscrevem, apresentando os seus projetos e em qual fase de desenvolvimento eles estão. Os escolhidos recebem todo o suporte citado acima; em troca, a contrapartida geralmente requerida pela aceleradora é uma participação na companhia.
Como saber qual opção é a mais indicada?
Após conhecer tantos modelos de investimentos para startups, o próximo passo é entender qual delas faz mais sentido de acordo com o estágio da sua empresa, entender se o seu negócio já preenche todos os requisitos necessários para pleitear o formato escolhido e se organizar, caso algum ajuste precise ser feito.
Para quem acredita que a aceleradora possa ser uma opção válida, uma boa notícia: você pode entrar em contato conosco para conversarmos e entender se a sua empresa realmente está em um estágio no qual possa tirar o máximo proveito das vantagens dessa modalidade. Caso o diagnóstico seja positivo, já podemos realizar as orientações iniciais para ajudar você a impulsionar o seu negócio agora mesmo!